A Associação dos Jornalistas Santomenses (AJS) divulgou hoje que continua a fazer advocacia para que os decisores políticos criem condições para a implementação do Estatuto de Carreira do Jornalista, independentemente do reajuste salarial.
Numa mensagem enviada a redação do STP Digital, para além do Estatuto de Carreira, a AJS pretende também a estabilização do pagamento periódico de estímulos a colaboradores das rádios comunitárias.
É mais que evidente que o trabalho da classe é diferenciado e esta particularidade deve ter expressão concreta. Até porque o setor é avaliado diariamente.
Ainda na mensagem assinada pelo seu Presidente, Juvenal Rodrigues, a AJS reconhece o mérito dos jornalistas santomenses, que “têm estado na linha da frente de forma abnegada para levar a informação à opinião pública, apesar do quadro pandémico.”
Uma mensagem alusiva ao Dia Internacional do Jornalista e ao sexto aniversário da Associação dos Jornalistas Santomenses. O Dia Internacional do Jornalista, é celebrado em memória de Julius Fučík, jornalista checo que foi preso, torturado e executado por nazistas, em 1943.
Leia a mensagem na íntegra:
“MENSAGEM PELO DIA INTERNACIONAL DO JORNALISTA
Antes de tudo, a associação dos jornalistas santomenses saúda todos os profissionais e colaboradores da comunicação social estatal, privada e comunitária, assim como os correspondentes sérios da imprensa estrangeira.
Estes agentes da imprensa têm estado na linha da frente de forma abnegada para levar a informação à opinião pública, apesar do quadro pandémico. Tecnicamente o país enfrenta a terceira vaga da pandemia, tendo em conta o aumento exponencial de casos da covid-19, provocado pela variante Delta.
Profissionais e colaboradores trabalharam com zelo na cobertura da campanha eleitoral para as presidenciais nas duas voltas, cuja fase mais intensa terminou este domingo. Estavam a cumprir o seu dever. Porém, o reconhecimento é merecido, face às circunstâncias.
Por isso, continuamos profundamente engajados até que os decisores criem condições para a implementação, de facto, do Estatuto de Carreira, independentemente do reajuste salarial. Assim como a estabilização do pagamento periódico de estímulos a colaboradores das rádios comunitárias. É mais que evidente que o trabalho da classe é diferenciado e esta particularidade deve ter expressão concreta. Até porque o setor é avaliado diariamente.
Celebra-se hoje o Dia Internacional do Jornalista e o sexto aniversário da criação da nossa Associação.
A celebração é em memória a Julius Fučík, jornalista checo que foi preso, torturado e executado por nazistas, em 1943.
O Dia Internacional do Jornalista é igualmente uma homenagem a todos os que atuam nesta profissão. Sua tarefa principal é lidar com notícias e factos, através da palavra e da imagem, preocupando-se em manter o público informado. Às vezes, com perda de vida.
A AJS tem como foco contribuir para que a qualidade da informação seja cada vez melhor. E uma das vias é através da formação.
Neste aspeto, foi um ano intenso, apesar das restrições impostas pela pandemia. No início do ano, a Associação esteve envolvida na formação de colaboradores das rádios comunitárias, correspondentes e iniciantes nos órgãos estatais, por iniciativa da secretaria de estado da comunicação social e com o apoio das agências das Nações Unidas.
Além dos tradicionais parceiros, envolvemos outros da sociedade civil alinhados com o Projeto Mais Participação e Mais Cidadania na comemoração de 3 de maio.
Várias atividades foram desenvolvidas na Semana da Liberdade de Imprensa, com destaque para a Jornada de Reflexão subordinada ao tema “O acesso às fontes de informação e a investigação jornalística como fatores de desenvolvi- mento”, alinhado com a proposta da Unesco: “A informação como um bem comum”.
Em conjunto com outras organizações da sociedade civil, iniciamos a advocacia junto ao executivo e de parlamentares a favor do anteprojeto de lei sobre o Acesso aos documentos e informações administrativas.
Participamos na formação promovida em sinergia pela Comissão Eleitoral Nacional, com o suporte das Nações Unidas, e a Embaixada dos Estados Unidos sobre a cobertura eleitoral e o jornalismo de investigação.
A AJS foi partilhando com os colegas as possibilidades de formação gratuita online sobre diversos temas promovidas pelo Knight Center dos EUA.
São Tomé e Príncipe continua a ter grandes desafios no domínio de desenvolvimento, exigindo dos agentes de imprensa capacidade inovadora e criativa, com a prática do jornalismo construtivo na abordagem dos assuntos.
É preciso trazer também para o debate temas pertinentes de interesse nacional. E são vários: Covid, unidade nacional, corrupção, crescimento económico sustentável e seus atores, os perfis falsos nas redes sociais, enfim…
Nunca é demais insistir neste 8 de setembro, que os jornalistas e colaboradores nesta área devem portar sempre as bandeiras da isenção, da responsabilidade e do respeito estrito da ética e deontologia profissionais para o reforço e consolidação da nossa credibilidade.
Bem haja!
Juvenal Rodrigues, Presidente da AJS”