A formação é uma iniciativa da Direção-Geral do Ambiente e da Ação Climática no âmbito da implementação do projeto NAP, que teve início em junho de 2022. O Plano Nacional de Adaptação (NAP) tem como objetivo “reduzir a vulnerabilidade de São Tomé e Príncipe aos impactos das mudanças climáticas, reforçando a capacidade do país para implementar uma abordagem integrada de planeamento e adaptação”.
Nesse contexto, a ação de formação organizada para jornalistas e profissionais de comunicação social foi a “primeira atividade de capacitação das partes interessadas”. A formação foi crucial para que estes profissionais compreendessem a importância e a complexidade das alterações climáticas, bem como a forma de comunicar, informar e sensibilizar sobre a adaptação e o processo do NAP.
“Decidimos começar com os jornalistas e técnicos de comunicação porque um dos desafios do projeto em São Tomé é que as informações não são comunicadas e não chegam até às pessoas. Uma vez que o projeto tem uma meta que é transversal, desde o presidente da república até às crianças, a ideia é trabalhar com estes técnicos para desmitificar as palavras dos cientistas e expressá-las de forma mais acessível”, explicou Elton da Glória, assistente de comunicação do NAP.
A formação contou com a presença da especialista em ambiente, Cândida Leonor Rocha, do coordenador do projeto NAP, Vítor Bomfim, e assistente técnica da UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), Raquel Sousa.
Segundo Vítor Bonfim, já houve formações deste tipo nos anos anteriores com profissionais de comunicação. Este ano, com a implementação do Plano Nacional de Adaptação, o foco são as medidas de adaptação e mitigação face aos problemas causados pelas mudanças climáticas.
“Agora queremos incidir especialmente na questão da adaptação, pois no âmbito deste projeto, que será um processo contínuo, iremos elaborar o plano de adaptação às mudanças climáticas. Tendo em conta que o país é vulnerável, precisamos adotar um conjunto de medidas que nos permita ser mais resilientes”, disse Vítor Bonfim, coordenador do NAP.
De acordo com Raquel Sousa, os jornalistas são a ponte entre o projeto e toda a sociedade, desde a comunidade até ao setor privado e inclusive o governo.
“A comunicação social é o nosso braço direito para comunicar e informar o país sobre o que estamos a fazer. Afinal, o país tem o direito de saber o que o projeto está a fazer para o desenvolvimento do primeiro plano nacional de adaptação. E sem a comunicação, não conseguimos estar em todo o lado”.
A formação trouxe para os novos participantes informações úteis sobre a realidade das mudanças climáticas.
“Ao absorver tudo o que nós temos aprendido aqui, já conseguimos lidar melhor com aquilo que nós temos vivenciado concernente as mudanças climáticas”, disse Rivaldo dos Santos.
Segundo Raquel, o balanço da formação é bastante positivo.
“Fiquei muito contente em ver muitos jovens aqui… com vontade de aprender, com perguntas pertinentes, e tenho a certeza de que farão um excelente trabalho de comunicação com toda a sociedade civil. Portanto, o balanço é muito positivo”, concluiu.