África, o nosso continente, continua sendo um espólio de oportunidades, os desafios embora gritantes têm tido na minha perspectiva um diferencial: têm emergido em cada país respostas locais para os problemas locais, e em certos casos até globais. A título de exemplo no PALOP, temos Zoomly de Cabo-Verde e Txapita de Moçambique que resolvem problemas locais de mobilidade urbana ou Sokeru de São Tomé e Príncipe ,STP Vendas e Sócia App, T´Leva de Angola, que dinamizam o comércio eletrônico nos seus países.
Sente-se também a erupção de novas narrativas em todos os quadrantes da sociedade, uma sede crescente que informa-nos sobre a diminuição da ânsia que o outro possa vir de outras geografias ou futuro longínquo sarar nossas dores. Isto é positivo, este é o caminho!
Não se engane com o meu nacionalismo, não estou dizendo que não precisamos do próximo, sou apologista de uma era de colaboração, democratização do conhecimento e das oportunidades, mas somente quando ela possa edificar a dignidade humana, promover a sua real independência em todos os sentidos e intervenientes.
No entanto, conduzir o continente e consequentemente os países a um futuro melhor, carece de reinvenção, transparência, adopção de políticas e estratégias inovadoras e adaptados aos tempos atuais, que possa fomentar produtos baseados em Fintech, Inteligência Artificial, Ciência dos Dados, Internet das Coisas, criar novos mercados e uma linha de exportação eficaz que valorize a criatividade africana e torne-a competidora e global, aproveitando inclusive a concretização da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA): O maior mercado do mundo. Mário Lopes | Revista Forbes África Lusófona
Precisamos fortalecer o ato contínuo de empoderar as vozes e investir nas ações disruptivas que estão escrevendo essas novas narrativas, envolver jovens nos processos, instituições e decisões que afetam o nosso presente e futuro a todos os níveis.
Com o comprometimento da União Africana com o setor energético para expandir o acesso dos africanos à “energia confiável, acessível e sustentável”, torna na minha opinião crucial os decisores dos países africanos aproveitarem para dar respostas às debilidades dependente desse instrumento de desenvolvimento, e reforçar a melhoria do acesso, acessibilidade e qualidade da internet e combate à infoexclusão.