A decisão foi conhecida ontem terça-feira, 27 de abril, após uma reunião de forma virtual, a partir de Luanda, dos actuais Chefes de Estado dos PALOP, que abordou temas como o projeto de elaboração da História sobre a Luta de Libertação dos PALOP e a admissão da Guiné Equatorial como membro de pleno direito do Fórum PALOP e de Timor Leste na qualidade de membro observador.
Na nota distribuída aos jornalistas no final da cimeira pela Presidência angolana, as partes acordaram que Fórum PALOP deve pautar-se na “institucionalização de reuniões ministeriais regulares dos setores da Educação, Cultura, Ensino Superior, Ciência e Tecnologia.
Na conferência realizada por iniciativa de Angola, o Presidente, João Lourenço, anunciou que Angola vai contribuir com um Milhão de Euros para a concretização desta obra literária dos PALOP, avaliada em 1,8 Milhões de Euros.
Nela tomaram parte todos os Chefes de Estado dos PALOP, à excepção do Presidente Evaristo de Carvalho, que fez-se representar pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, onde designaram o actual Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, para presidir o Fórum PALOP nos próximos dois anos.
Segundo noticiou a Agência Noticiosa STP-Press o Presidente São-Tomense não participou na cimeira por razões de saúde.
A referida conferência tenta resgatar a extinta cimeira dos “Cinco” cuja a primeira reunião do género foi realizada em 1976, na cidade de Luanda, por iniciativa do falecido líder Angolano, Agostinho Neto.
Manuel Pinto da Costa, de 83 anos, que desempenhou um papel importante na luta pela independência do regime colonial português, presidiu por duas vezes o destino São Tomé e Príncipe entre 1975 a 1991 e em 2011 a 2016, actualmente é o único ainda vivo, dentre os cinco antigos Chefes de Estado que assumiram a independência da antiga potência colonial Portuguesa em 1975. – Da esquerda à direita: Samora Machel (Moçambique), Aristides Pereira (Cabo Verde), Agostinho Neto (Angola), Manuel Pinto da Costa (São Tomé e Príncipe) e Luís Cabral (Guiné-Bissau).
O Fórum PALOP tem existência legal desde o ano de 2014 e é um mecanismo de concertação político-diplomática e de cooperação entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
A Guiné Equatorial, uma antiga colónia espanhola, aderiu à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em 2014, altura em que adotou o português como uma das línguas oficiais, juntando-se, naquela organização, a Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.