Romilson Silveira, recém eleito Presidente da PAYNCOP (Rede Pan-Africana para Cultura da Paz em África) interveio em nome da organização abordando sobre o caso de São Tomé e Príncipe no debate “O Papel e Contribuição da Juventude nos Processos Democráticos na África” organizado por Youth Bridge Foundation.
O líder juvenil salientou que a juventude santomense sempre esteve presente em todos os momentos cruciais do processo democrático da história do país, inclusive a liberdade atual é um legado da juventude de outrora.
No entanto, segundo esse líder associativo no decorrer dessas quatro décadas de liberdade, as políticas públicas não refletem nas aspirações da juventude no seu todo. Embora reconheça que existem alguns jovens participando na política e em cargos públicos.
“Existe uma juventude que está no poder, mas não tem poder, o poder decisório”
Segundo Romilson Silveira, os jovens são usados como pontes, para recolher, entregar o poder e depois serem descartados ou entregues a funções rudimentares sem grande expressão.
Como solução além do investimento na qualidade de formação, sugere também ações concretas para uma maior participação e engajamento ativo e assumir rédeas de controle, em posições decisórias em todas as estruturas.
Formulou também a preocupação com os jovens que fazem abstenção da sua participação seja por falta de confiança para envolver enquanto formuladores de políticas ou a sensação de intimidação que paira no ar.
“ Os jovens dizem que o país tem dono”
O Presidente da PAYNCOP deixou como observação final que :
“Vencer a pobreza é maior desafio atual de São Tomé e Príncipe”
Além de Romilson Silveira, marcaram presença no debate em nome de São Tomé e Príncipe, Carlos Tiny, antigo diretor do Instituto da Juventude de São Tomé e Príncipe e Mário Lopes.
Este debate contou com a participação de destacados jovens da áfrica lusófona permitindo o intercâmbio de experiências entre os mesmos. Segundo a organização o foco é desenvolver as capacidades dos jovens lusófonos para se envolverem nos processos democráticos nos seus respetivos países fomentando assim um processo democrático africano mais amplo.