Covid-19 Saúde

São Tomé e Príncipe regista oitavo óbito e aumenta para 251 casos

Ministério da Saúde
São Tomé e Príncipe registou hoje mais um óbito devido ao novo coronavírus, aumentando para oito mortos, de um total de 251 casos desde que a doença foi declarada no país, com uma média de uma morte por semana.

De acordo com a porta-voz do Ministério da Saúde, Isabel dos Santos, o número de casos positivos acumulados de infeção pelo novo coronavírus subiu para 251 e a oitava vítima mortal é um cidadão de 63 anos, residente no distrito de Lobata, norte de São Tomé.

O ministro da saúde, Edgar Neves, anunciou hoje que o Governo enviou para o Instituto Ricardo Jorge, em Portugal, 610 amostras no voo humanitário que se deslocou a São Tomé e Príncipe em 15 de maio, e que “os resultados estão a chegar por partes”.

O governante reconheceu que “é natural” todos quererem “conhecer esses resultados”, mas estes não serão divulgados enquanto não estiverem todos no país.

“Primeiro não temos todos os resultados, estão a chegar por partes, mas quando estiverem todos disponíveis, eles têm que ser trabalhados em diferentes vertentes e, nessa altura, o mais rapidamente possível estaremos cá para anunciar, de forma precisa, este grupo de testes enviados para Portugal”, disse Edgar Neves.

O Governo, em comunicado hoje divulgado, restringiu o funcionamento dos serviços privados considerados essenciais das 07:30 para as 15:00.

Na lista estão incluídas os supermercados e lojas comerciais de produtos alimentares e de higiene, bancos comerciais e empresas de telecomunicações, serviços de pescas, agricultura, empresas de segurança privada e unidade de produção industrial.

O executivo são-tomense decretou mais 15 dias de confinamento geral obrigatório e, em decreto presidencial hoje distribuído, o Presidente Evaristo Carvalho autorizou o ministro da Defesa e Ordem Interna, Óscar Sousa, a “disponibilizar dois pelotões de militares das Forças Armadas para auxiliarem as forças de defesa e segurança na manutenção da ordem e no cumprimento da Constituição e das leis durante o estado de emergência sanitária”.

Em África, há 2.836 mortos confirmados, com mais de 88 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.038 casos e seis mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (522 casos e seis mortos), Cabo Verde (335 casos e três mortes), São Tomé e Príncipe (251 casos e oito mortos), Moçambique (145 casos) e Angola (52 infetados e três mortos).

O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com mais de 16.700 mortes e mais de 254 mil infeções.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 318 mil mortos e infetou mais de 4,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,7 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.247 pessoas das 29.432 confirmadas como infetadas, e há 6.431 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Texto: Agência Lusa

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