Assinala-se hoje, 26 de Julho, o Dia Internacional para Conservação do Ecossistema de Mangal. Em São Tomé e Príncipe, os mangais são vulneráveis a uma série de ameaças advindas da ação humana. Este ano, a celebração deste dia é marcada pelo apelo à necessidade de todos contribuirmos para a conservação dos mangais.
As florestas de mangal são um ecossistema costeiro de transição entre o ambiente terrestre e marinho que possui adaptações específicas para responder às condições extremas de salinidade, ventos e ciclo de marés para as quais encontram-se continuamente expostos.
“Os mangais são responsáveis pelo fornecimento de bens e serviços ambientais fundamentais. Asseguram a integridade ambiental da faixa costeira, providenciam alimento, protegem as comunidades contra os eventos climáticos extremos, armazenam grande quantidades de carbono no solo, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.”- explica a Técnica Florestal, Rute Cruz.
Estima-se que São Tomé e Príncipe possui uma cobertura de mangal de cerca de 600 hectares, onde são indentificados 12 mangais localizados no Norte e Sudoeste do país, sendo o mangal de Malanza considerado o maior de São Tomé com uma profundidade máxima de 3,5 m.
“De forma geral, o ecossistema encontra-se degradado, com uma cobertura de mangue pouco desenvolvida, devido ao corte de madeira das árvores de mangue. ” – afirma o Técnico Florestal, Edjamiro Cardoso.
A Direção das Florestas e Biodiversidade (DFB) reconhece que os mangais são ecossistemas únicos e vulneráveis em São Tomé e príncipe e por isso, junto a FAO no âmbito do projeto TRI, vem desenvolvendo atividades para a recuperação das áreas degradadas, através do plano de restauração e conservação das florestas de mangal.