Até ao momento foram resgatadas 55 pessoas com vida que já se encontram na Região Autónoma do Príncipe, três da quais foram evacuadas para São Tomé por causa de ferimentos graves. Dentre as pessoas desaparecidas tudo indica que 2 são cidadãs portuguesas e um francês.
O Amfriti tinha uma capacidade para 250 passageiros e cerca de 300 toneladas para cargas. Fontes não oficiais avançam a possibilidade de o navio estar a transportar passageiros acima da sua capacidade.
O Primeiro Ministro, Jorge Bom Jesus, lamentou a perda da vidas humanas, sendo quatro delas crianças e lamentou também os dez que ainda estão desaparecidos. Num comunicado lido esta tarde para a imprensa, o Bom Jesus assegurou todo o apoio e solidariedade institucional ao governo regional e prometeu a “abertura de um inquérito para apurar as causas do acidente e assacar as responsabilidades”.
“Quero, em nome pessoal e do Governo Central, endereçar os profundos sentimentos de pêsames as famílias enlutadas e toda a população, no geral, assegurando ao Governo Regional todo apoio e solidariedade institucional que a situação impõe”, disse o Chefe do Governo.
Jorge Bom Jesus anunciou que o ministro do Trabalho, Solidariedade, Família e Formação Profissional, Adlander Matos se deslocará esta sexta-feira à Região Autónoma do Príncipe “para acompanhar de perto a situação e apoiar o governo regional no que for necessário”.
O governo regional reuniu de emergência no final da tarde de hoje e decretou três dias de luto na região e suspendeu todas as festividades do 24º aniversário da Autonomia do Príncipe que se assinala a 29 deste mês, mas cuja festa devia iniciar este sábado.
Por sua vez, o Ministério Público avançou através de um comunicado de imprensa que, “por haver indícios de crimes que podem imergir durante a instrução” (…) “foi mandado o respectivo procedimento criminal para se apurar responsabilidades” no naufrágio do Amfitriti.
As buscas pelos desaparecidos continuam com o apoio do cargueiro Ville D’Abidjan e do navio Zaire.