Covid-19 Sociedade

Próximo ano letivo em São Tomé e Príncipe será mais longo

Liceu Nacional
© STP Press
A ministra são-tomense da Educação e Ensino Superior anunciou no passado sábado, dia 27, que o próximo ano letivo 2021/2022 será "mais extensivo que o habitual" para permitir concluir os conteúdos que não foram lecionados este ano, devido à pandemia da Covid-19.

“Os conteúdos que não foram concluídos neste ano letivo irão ser matéria para o início do próximo ano letivo, que será mais extenso para concluir todos os conteúdos académicos que os alunos deveriam ter”, disse Julieta Rodrigues durante a visita às obras de construção da Escola Secundária de Monte Café, a 16 quilómetros da capital São Tomé.

“O Governo está a fazer tudo para terminar as obras de construção dessas escolas porque há necessidade de aplicarmos o distanciamento entre os alunos, diminuirmos o número de alunos por turmas, por isso, essas obras são importantes para o início do ano letivo em setembro”, explicou.

O ano letivo 2019/2020, em São Tomé e Príncipe, cujas aulas foram suspensas há mais de três meses devido ao novo coronavírus, encerra “nos próximos dias”, mas o Governo avisa que poderá haver passagem administrativa apenas para os alunos da 1.ª à 4.ª classe, depois de avaliados os seus desempenhos.

Os alunos do 5.º ao 11.º ano serão classificados mediante o aproveitamento antes do encerramento das escolas e só transitarão aqueles que tiverem bons resultados.

“Ao nível da 5.ª classe até ao 11.º ano serão realizados conselhos de nota para se analisar os alunos, um por um, todos os aspetos, técnico, científico e pedagógico, e aqueles que não tiverem notas e requisitos para transitar, ficarão pelo caminho”, refere Julieta Rodrigues.

A ministra da Educação e Ensino Superior destaca que, durante o ano letivo, os alunos vinham sendo avaliados, por isso, há condições para que sejam classificados mediante o aproveitamento demonstrado ao longo do ano.

“Os alunos tiveram 50% de avaliação, no primeiro e segundo período. Só faltava uma avaliação para fechar o ciclo. Daí que nós não podemos prejudicá-los. Por isso, vamos analisar todos os aspetos e todos aqueles que não têm condições, terão que repetir o ano”, acrescentou a governante.

O início do próximo ano letivo está marcado para setembro, e segundo Julieta Rodrigues todos os conteúdos não ministrados neste ano letivo serão transferidos para o ano letivo 2020/2021.

Quanto aos alunos do 12.º ano, o Ministério da Educação e Ensino Superior decidiu submetê-los a “exame nacional”, de acordo com um comunicado divulgado esta semana.

O novo estabelecimento de ensino de Monte Café tem dois pisos com 10 salas de aulas e 20 turmas, funcionando nos dois períodos.

O Governo pretende inaugurar essa nova instalação em julho, mas ainda não definiu o número de alunos que vão poder estudar na nova escola devido à necessidade de se manter o distanciamento por causa da covid-19.

Texto: Agência Lusa

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