Faleceu aos 74 anos, o General João Seria, o líder do conjunto “África Negra”, fundado nos anos 70, e um dos maiores embaixadores da música de São Tomé e Príncipe. O ícone da música nacional tinha o sonho de construir uma escola de música no país que o viu nascer. Tinha mais de 50 anos de carreira e 18 filhos.
O músico é intérprete de vários hits conhecidos internacionalmente, como “Aninha”, “Carambola Nova Moca”, “Pedlêlo” e outras.
O manager do artista, Enerlid Franca e Lagos, disse que: “Perdemos a luz e a identidade! O General que conquistou o país e o mundo com a sua música, deixando-nos um legado cultural eterno.”
O empreendedor santomense, Luisélio Salvaterra Pinto, tinha um apreço especial por João Seria e confessa-se abalado com a notícia do seu desaparecimento.
“João Seria partiu. Kei! Todo o país veste-se de luto. Foram mais de cinco décadas a construir cultura e a entreter o coração do povo santomense, e de outros povos além-fronteiras. Um ícone marcante como poucos. Um dia muito triste. João Seria merece todas as honrarias institucionais e do carvão de cada santomense. Os meus sentidos sentimentos a família enlutada e aos seus colegas da jornada musical.”
Em outubro do ano passado, João Seria espalhou a sua magia no XXXVII Festival de Baterias e Expressões Culturais de Palengue, levando a música santomense para a Colômbia. Em 2021, João Seria integrou a lista das 100 Personalidades Mais Influentes da Lusofonia.
Fontes do governo avançaram que o Estado vai assumir o funeral do General e que já estão em contacto com a família. Recorde-se que ainda em julho 2021, o governo santomense homenageou o cantor “General João Seria”, com um “Certificado de Mérito” e oferta de um apartamento T-2, pela sua estimável contribuição no engrandecimento da cultura nacional.