A TVS – Televisão Santomense estreia em breve o programa de talentos musicais criado à medida para São Tomé e Príncipe: o Vozes d’Obô. O STP Digital falou com Filipe Santo, um dos mentores que está a preparar os participantes.
O músico Filipe Santo é uma referência da música africana e um dos responsáveis pela divulgação da música de santomense pelo mundo. O artista aceitou o desafio de ser um dos mentores do Vozes d’Obô e tem trabalhado com o Top 24, que disputa esta noite na primeira gala um lugar no Top 12.
“Ser mentor é uma nova experiência para mim. Tenho o sentimento de gratidão. Regresso a terra feliz por passar o legado que não tive na minha infância.” – disse Filipe Santo.
A última vez que esteve em São Tomé e Príncipe foi no âmbito da Bienal de Arte e Cultura em 2019, e para o músico o regresso está a ser interessante e muito agradável por causa do projeto em si.
“Ser mentor do Vozes d’Obô é algo de muita responsabilidade. Aceitei de bom grado o convite apesar de no começo ter uma certa hesitação.”
O músico que reside no Reino Unido, e tem uma atividade intensa em estúdios, fechou a sua agenda exclusivamente para o Vozes d’Obô durante um período de 30 dias.
Filipe Santo felicitou a produção do concurso pela iniciativa e agradeceu o convite. Encara o Vozes d’Obô como um projeto que veio fazer a diferença. O gelo sobre como seriam as coisas foi quebrado no evento pop up de apresentação do Top 24, que teve lugar no Café Park.
“Naquela atividade pude entrar em contacto com os concorrentes e conhecer os seus respetivos talentos. Percebi que os jovens concorrentes estão repletos de força de vontade no ramo musical.” – contou Filipe Santo.
Segundo o mentor, as formações e ensaios com os concorrentes têm sido revigorantes. “Nem nos apercebemos do tempo a voar”. – afirmou o produtor musical.
Felipe Santo acrescentou ainda que os concorrentes têm muita vontade de aprender e têm talento. Mas há a necessidade de dar formação, dar orientação. Embora aprendam de forma rápida, precisam de tempo. “Para esse tipo de formação é preciso tempo, talento e paciência.” – disse o mentor.
“É muito importante quando percebo deles a autocorreção. Não tenho que dizer sempre o quê que está errado ou certo. Só tenho que identificar o errado do certo e dizer como é que estaria certo. Isso reflete que realmente estão acompanhando a aprendizagem.”
Felipe Santo tem grandes expectativas em relação ao Vozes d’Obô, programa que busca talentos musicais santomenses. Para a primeira gala, deste sábado 23, o mentor disse que está curioso para ver a reação do público, todavia acredita que vai correr tudo bem.
“Esses jovens têm talento. Com a formação desses jovens São Tomé e Príncipe fica a ganhar. Temos praticamente uma promessa de um futuro risonho no que diz respeito a nossa fixa artística.” – disse o cantor.
Os participantes do Vozes d’Obô estão a beneficiar de uma formação básica de canto e interpretação. Para além do músico Filipe Santo, o Vozes d’Obô conta também com a cantora Anastácia Carvalho e o coreógrafo Tanyel Viegas na sua equipa de mentores.
O VOZES D’OBÔ é cofinanciado pelo DIVERSDIDADE – Instrumento de financiamento para a diversidade cultural, cidadania e identidade no âmbito do PROCULTURA, ação financiada pela União Europeia, cofinanciada e gerida pelo Camões, I.P. Instrumento gerido em parceria coma EUNIC – Rede de Institutos Culturais e Embaixadas da União Europeia.