O marco é, por um lado, positivo pois é sinal de melhorias na saúde pública, redução de risco de morte e aumento na esperança média de vida. Por outro lado, serve de reflexão sobre a responsabilidade que todos têm na proteção das pessoas e o planeta, começando pelos mais vulneráveis.
“Se superarmos o abismo entre os que têm e os que não têm, estamos nos preparando para um mundo de 8 mil milhões de pessoas cheio de tensões e desconfiança, crise e conflito”. disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Segundo o UNPFA, a população mundial pode vir a atingir cerca de 10,4 mil milhões na década de 2080, o que significa que a taxa geral de crescimento está a diminuir. O mundo está demograficamente mais diverso e os “países estão a enfrentar tendências populacionais totalmente diferentes, que vão do crescimento ao declínio”.
Ainda de acordo com o comunicado do UNPFA, dois terços da população global vivem em um contexto de baixa fecundidade, que ao longo da vida é inferior. Ao mesmo tempo, o crescimento populacional tem se concentrado cada vez mais nos países mais pobres do mundo, a maioria dos quais na África Subsariana.
“Um mundo de 8 mil milhões é um marco para a humanidade. O resultado de uma esperança de vida mais longa, redução da pobreza e declínio da mortalidade materna e infantil. No entanto, focar apenas nos números distrai-nos do verdadeiro desafio que enfrentamos: garantir um mundo em que o progresso possa ser desfrutado de forma igual e sustentável”, disse a Diretora Executiva do FNUAP.
Para inaugurar um mundo em que os 8 mil milhões de pessoas possam prosperar, o UNPFA incentiva a todos a buscar soluções comprovadas e eficazes para mitigar os desafios do nosso mundo e alcançar os ODS, priorizando sempre os direitos humanos. Encontrar essas soluções, significa aumentar o investimento dos estados-membros e governos doadores em políticas e programas que trabalhem para tornar o mundo mais seguro, mais sustentável e mais inclusivo.