Economia

Trabalhadores da CST reagem à venda da empresa

Os trabalhadores da Companhia Santomense de Telecomunicações (CST) reagem  a proposta de transferência dos 51% das ações da empresa, pertencentes a AFRICATEL e atualmente detidas pela operadora brasileira OI, para a unidade empresarial portuguesa VISABEIRA.

De acordo com o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da CST (SINTRACST), Manuel Teles Neto, a venda de 51% das ações da CST detidas pela Oi não apanhou os trabalhadores de surpresa, uma vez que estes já tinham conhecimento sobre a intenção do grupo operacional de se desfazer dos seus direitos acionistas já a algum tempo.

” Vemos que é mais uma oportunidade para redinamizar o conteúdo organizacional da CST. “

O  Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da CST acrescentou ainda que “o processo não foi perspetivado pelos trabalhadores como uma ação de resultados periclitantes de travessia para o dantesco, sendo apenas uma experiência que já se inscreveu na sua memória historial pelo menos duas vezes: em 1989, na evolução de ENATEL para a CST, em que a Companhia Portuguesa Rádio Marconi passou a deter 51% da CST, e em 2008, quando foram alienadas as ações da Companhia Portuguesa Rádio Marconi para a AFRICA PT BV (hoje AFRICATEL).”

Segundo Manuel Teles Neto, os trabalhadores da CST, imbuídos de sentido de valorização, tanto dos quadros profissionais, quanto da promoção empresarial, bem como da valorização deste património estratégico para São Tomé e Príncipe, acreditam que ao consumar-se a transferência das ações (para a VISABEIRA ou outro parceiro), devesse ter em conta: a garantia de investimentos a curto, médio e longo prazo em infraestruturas e serviços; a continuidade da gestão profissional com controlos rigorosos e cumprimento das boas práticas de governança corporativa e de auditoria; o escrupuloso cumprimento das obrigações fiscais, laborais, sociais e regulamentares da CST; a manutenção dos postos de trabalho, dos direitos adquiridos e das condições de trabalho existentes.

Foi também manifestada a expetativa de no âmbito deste processo de transmissão das ações, avaliar-se a possibilidade de cedência de uma determinada participação social da CST aos seus trabalhadores, visando o aumento do engajamento e da responsabilidade dos trabalhadores, tirando partido da sua experiência e do seu especializado e muito específico conhecimento do setor das telecomunicações.

 

 

Sobre o Autor

Akaisa Borges

Akaisa Borges, é uma jovem versátil de espirito aventureiro, licenciada em Gestão de Empresas pela University of International Business and Economics (UIBE), Beijing, China. Actualmente é assistente de comunicação de marketing na empresa Tela Digital Media Group, apaixonada por arte, cultura e marketing. Ela acredita na lei da atração e está em constante busca por novos desafios.

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